terça-feira, 8 de junho de 2010

Baile de Finalistas - Discurso.

Foram oito anos a apostar neste colégio e agora estamos a chegar ao fim do jogo. Um jogo que começou no quinto ano. Ainda inexperientes, tivemos coragem e demos o primeiro passo: o primeiro “Olá!” no recreio, a primeira vez que nos apresentámos perante a turma ou a primeira vez que tivemos teste, deu-nos confiança para prosseguir e levar este jogo como a melhor coisa que tínhamos.

Esta confiança ajudou-nos a subir os seis molhos de escadas que nos levam ao corredor do 3.º ciclo. Durante esses três anos, o jogo tornou-se mais interessante, mas também mais difícil. As nossas crises de pré-adolescentes conduziam-nos, muitas vezes, a querer ser grandes, a fazer aquilo que não podíamos, a fugir à rotina e a enfrentar tudo e todos. Agora dá-nos para rir, mas naquela altura, tudo fazia sentido e, de certo modo, isso fez-nos bem, crescemos com muitas dessas experiências.

Veio depois o 9.º ano, todos os abraços e todas as lágrimas eram apenas pequenos passos para uma nova etapa: o Secundário. A nossa grande primeira escolha académica, uma nova turma, um novo director de turma. Tudo era estranho e desconfortável, não nos sentíamos bem e a cada vez que o barco se estava a afundar, a nossa reacção era saltar fora dele. No entanto, tivemos que nos adaptar e, nestes momentos, em vez de abandonarmos o barco, passámos a juntar-nos para o reparar. Somos uma turma estranha, mas somos também uma turma feliz, uma turma unida, uma turma confiante, capaz e vencedora. Até podem dizer que neste jogo não há vencedores, mas nós consideramo-nos como tal, porque vencemos todos os obstáculos e formámos, para além de uma turma, um grupo de amigos.

Mas claro que não podemos receber qualquer mérito sem agradecer a todos aqueles que fizeram de nós o que somos hoje. Queremos agradecer a todos os contínuos com quem nos deparamos todos os dias, a todos os professores que nos deram aulas desde o 5.º ano até agora, aos Directores de Ciclo que nos acompanharam durante o nosso percurso pelo colégio e, por fim, a todos os Directores de Turma por quem passámos ou que passaram por nós.

Peço imensa desculpa por dar mais ênfase a estes últimos, mas os Directores de Turma tomam o papel mais importante deste jogo. São eles que têm que se adaptar à equipa, são eles que treinam esta equipa, são eles que nos repreendem quando perdemos porque não nos esforçámos, mas também são eles que nos abraçam e festejam connosco quando ganhamos as várias etapas deste jogo. São eles que aturam as nossas birras, que amparam as nossas lágrimas, que nos colocam um sorriso na cara quando estamos mal. São eles que, algumas vezes, são repreendidos por nossa causa, são eles que despendem do seu tempo livre por nós e, em todo este jogo, são os que mais se cansam mas que, no entanto, nunca desistem! A todos eles, do fundo do coração, um grande obrigado!

Mas, afinal de contas, sem nós, alunos, este jogo não teria pernas para andar e, por isso mesmo, não podemos deixar de agradecer a cada um dos elementos desta equipa. À Cátia, queremos agradecer a sua constante disponibilidade para nos ajudar sempre que precisamos. Na Susana, é de louvar o seu amor ao desporto, que é como que uma lição que nos ensina a não nos satisfazermos com o medíocre e lutarmos sempre pelo nosso objectivo. Ao Ricardo agradecemos a sua compreensão e preocupação com cada um de nós. É óbvio que não podemos deixar de agradecer ao Sérgio, o nosso “Homem-Herói” que defende, sempre que necessário, a camisola da nossa equipa. Nesta equipa, boa disposição é algo que não falta e isso devemos à Inês, que sempre que vê alguém desanimado, trata de pôr todos nós a rir. À Francisca agradecemos a forma directa como nos diz aquilo que pensa e à Jéssica o seu jeito extrovertido que nos faz rir em qualquer altura. Na Joana Góis não podemos deixar de admirar a sua originalidade, as suas ideias impensáveis que, no fundo, acabam sempre por resultar. A Rafaela podia não ter uns olhos tão bonitos e um sorriso tão gigante, mas se não tivesse, não seria, de todo, a mesma coisa. Na Veronika vemos uma lutadora, e por isso, um exemplo de esforço e aplicação para todos nós. À Rita agradecemos a sua sempre disposição para ajudar em qualquer que seja a tarefa e à Marina a sua simplicidade e humildade que nos contagiam. No meio de tudo isto, é necessário alguém que nunca se conforma sem antes expor as suas ideias, mas que quer, acima de tudo, o melhor para a turma e aí temos que agradecer à Vânia. Na Mariana é fantástica a forma como não se deixa abater com as críticas e o facto de ter sempre algo a dizer quando acha que as coisas são injustas. À Pita queremos agradecer o jeito carinhoso com que nos trata e ao Daniel todas as suas palhaçadas que dão para chorar a rir. Por fim, mas não menos importante por isso, queremos agradecer à Joana Bento pela sua pacificidade e companheirismo com todos nós, elementos desta equipa.

No fundo, quero agradecer-vos a todos por tudo o que passámos até aqui, pelos bons e pelos maus momentos, pelas semelhanças e pelas diferenças, pelas dúvidas e pelas respostas que me deram, pelos acasos e por tudo o que programámos. Pelas pizzas, pelos sumários, pelos cafés, pelos apontamentos, pelo tempo que passámos juntos nas aulas e pelos programas depois das aulas. Este agradecimento não é para os que me lembrei, mas sim para aqueles de quem não me pretendo esquecer e por isso, agora e aqui, agradeço a forma simples como nos fomos conhecendo, adaptando uns aos outros e formando, não um grupo de amigos, mas sim um grupo de amigos para a vida! Obrigada a todos vocês em particular, mas à equipa toda, em especial!

Bárbara Cruz

Sem comentários: