sábado, 6 de fevereiro de 2010

Uma rua vazia?

São 5h da manhã, é de madrugada mas não está muito frio, suporta-se bem.
Atravesso "o lugar", de uma ponta à outra.
Não está ninguém na rua. Não ouço nada mais que os meus passos, as minhas calças rasparem com uma perna na outra, alguns cães que ladram sempre que ali passamos (insuportáveis), alguns gatos matreiros que têm medo e fogem e, por fim, alguns galos a cantar.
Vou a andar rápido, mas a tentar fazer o mínimo de barulho com os meus passos, por causa das más línguas que supostamente estão a dormir.
Estou quase a chegar a casa e, subitamente, a luz do poste de electricidade por cima de mim apaga-se e ouço alguma coisa cair atrás de mim, começo a andar mais rápido, sem nunca olhar para trás. O meu cérebro deu-me a ordem "correr" mas eu ignorei, continuei em passo acelerado e, sem conseguir continuar a fingir-me de forte e de uma pessoa que não tem medo, olhei para trás, mas não estava lá ninguém.
Impressão?
"Se tens impressões é porque tens razões para isso, é porque acontece!" E agora, que penso eu?
Bárbara Cruz

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